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Pastor que barrou liberais na Igreja Batista morre aos 84 anos

Publicada em: 27/10/2025 09:25 -

pastor Morris H. Chapman, ex-presidente da Convenção Batista do Sul (SBC) e uma das principais figuras do Ressurgimento Conservador dentro da denominação, morreu aos 84 anos, poucas semanas antes de completar 85, segundo informou o Baptist Press.

Chapman também presidiu o Comitê Executivo da SBC, função que exerceu por quase duas décadas. Durante seu período de liderança, foi reconhecido por promover a cooperação missionária e a unidade denominacional.

“Morris Chapman liderou com paixão e integridade”, afirmou Jeff Iorg, presidente do Conselho Consultivo da SBC. “Ele foi um defensor da cooperação e da nossa missão global. Foi também um amigo que me encorajou por muitos anos, inclusive após minha eleição como presidente do Comitê Executivo. Nós o honramos e oramos por sua família em meio à perda”.

Reconhecido por coragem e espírito conciliador

Dr. Richard Land, ex-presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da SBC, que conviveu com Chapman por vários anos, também prestou homenagem.

“Morris era um homem de coragem e convicção e, ao mesmo tempo, buscava ser um reconciliador”, declarou Land, que hoje atua como editor executivo do The Christian Post. “Ele e sua esposa, Jodi, foram um grande trunfo para os batistas do sul”.

O pastor Benjamin Cole, conhecido por seu perfil The Baptist Blogger e por suas análises sobre a liderança batista, também manifestou condolências ao Baptist News Global.

“Ele será lembrado com carinho por clérigos honestos como um lastro confiável durante os períodos de recuperação teológica e realinhamento institucional”, afirmou.
“Era uma fonte de integridade pessoal inquestionável e estabilidade administrativa quando seus irmãos mais precisavam dela. E, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, quanto mais me aproximava dele, mais eu via que ele se parecia com Jesus. Sentirei muita falta dele”.

Formação ministerial

Morris H. Chapman nasceu em 1940, no feriado de Ação de Graças, em Kosciusko, Mississippi. Formou-se em Divindade e obteve doutorado em Ministério pelo Seminário Teológico Batista do Sudoeste, instituição com a qual manteve vínculo ao longo de sua vida.

Serviu como pastor em diversas congregações, incluindo a Primeira Igreja Batista de Wichita Falls, no Texas, onde atuou de 1979 a 1992.

Chapman tornou-se um dos nomes centrais do Ressurgimento Conservador, movimento que marcou a reorganização teológica da Convenção Batista do Sul, enfatizando a fidelidade às Escrituras e afastando lideranças de orientação liberal ou modernista.

Foi eleito presidente da SBC em 1990, tornando-se o último candidato conservador a enfrentar um adversário moderado. No ano seguinte, foi reeleito sem oposição.

Legado denominacional

Após dois mandatos como presidente da Convenção, Chapman assumiu, em 1992, a presidência do Comitê Executivo da SBC, cargo que ocupou até sua aposentadoria em 2010.

Durante esse período, defendeu e ampliou o Programa Cooperativo da SBC, principal sistema de financiamento missionário da denominação. Sob sua liderança, o programa registrou crescimento de 44% nas receitas destinadas aos ministérios nacionais e internacionais.

De acordo com o Baptist Pressas doações estaduais atingiram um recorde entre 2007 e 2008, somando aproximadamente US$ 548,2 milhões.

Um ministério guiado pela fé e pela simplicidade

Em um culto realizado no Seminário do Sudoeste, três anos antes de sua morte, Chapman compartilhou reflexões sobre sua trajetória e vocação pastoral.

“Nosso único objetivo é levar outros a conhecer Jesus como nós O conhecemos”, afirmou.
“Eu disse a Deus desde o começo que não podia pregar. Sabe o que Deus fez? Ele disse: ‘Bem, filho, vamos dar uma olhada nisso. Acho que vou te chamar para pregar’”.

Chapman contou que, embora tivesse dúvidas no início, sua confiança em Deus o sustentou ao longo do ministério.

“Eu confiava Nele talvez 99%, mas não tinha certeza. Mas Ele é fiel. Sou um exemplo vivo de como Deus pode pegar o comum e fazer com ele o incomum”.

O pastor deixa um legado marcado por fé, integridade e dedicação à missão global da Convenção Batista do Sul, sendo lembrado por colegas e líderes como um homem de convicção e espírito reconciliador.

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